A fim de compartilhar os equipamentos públicos voltados para a prevenção e combate à violência contra a mulher, o coletivo de mulheres da Frente de Luta por Moradia (FLM) realizou encontro com profissionais do Centros de Referência e Cidadania da Mulher (CRCMs) Capela do Socorro e Santo Amaro, na noite da quarta-feira, 14/04.
Com a dinâmica “quebra gelo”, a assistente social do equipamento CRCM Capela do Socorro iniciou a atividade. Cada palavra que a profissional mencionava era necessário que as participantes enchessem a bexiga e, assim, sucessivamente até que ela estourasse. Algumas bexigas rapidamente foram estouradas; outras, com tempo mais longo.
Após o estourar, alguns papeis foram se espalhando para simbolizar toda a carga pesada, todo sangue, todas as falas pejorativas e todas as vivências que a mulher pudesse ter internalizado. Dessa forma, Adriana explanou sobre os tipos de violência.
Para explicar a estrutura do CRCM, a palestrante enfatizou que todas as profissionais são mulheres. Ao total, são 15 pessoas que compõem a equipe multidisciplinar: 1 articuladora de território, 2 psicólogas, 2 assistentes social, 2 advogadas, 2 orientadoras socioeducativa, 2 auxiliares de serviços gerais, 1 administrativa, 1 assistente de gestão, 1 coordenadora e 1 motorista.
Além da apresentação sobre as características e desenvolvimento do trabalho no CRCM, as palestrantes falaram sobre o violentrômetro — instrumental utilizado em todos os serviços para a mensuração dos níveis de violência.
Em continuidade à atividade, a psicóloga do CRCM Santo Amaro Emily detalhou como ocorre o atendimento psicossocial e acolhimento no serviço às mulheres vítimas de violência. Também abordou o perfil das mulheres para o direito ao auxílio aluguel.
Com sensibilidade e cuidado, houve o momento de interação entre as palestrantes e as participantes. O espaço de fala foi importante para sanar as dúvidas. O CRCM é fruto de políticas públicas e é um avanço para a efetivação de direitos das mulheres.
